domingo, 23 de junho de 2013

A estreia

Ontem, depois de bastante tempo num processo de decisão com avanços e recuos, decidi avançar para a aquisição de uma btt nova!

A escolha recaiu para uma Scott Spark 20 - modelo de 2012.
Adquiri uma bicicleta de testes com pouco uso e um modelo de 2012 o que permitiu-me adquirir um maquinão que há uns tempos atrás, apenas fazia parte dos meus sonhos. :)

Mas antes do relato sobre a estreia aqui ficam as características do "avião" :) :

Quadro: Spark Carbon, Tecnologia IMP5, HMF NET, Eixo Pedaleiro 92, Triângulo traseiro em liga com Post Mount para discos de 160mm, Link U-Mono, Tubo de direção Cónico, Dropouts IDS SL para 142 x 12mm, altura do eixo pedaleiro ajustável, curso traseiro de 120mm
Suspensão: Rock Shox SID RL3 Air, DNA3 com amortecimento personalizável com 3 modos (controlo remoto Twinloc), coluna de direção cónica, ajuste de retorno, curso de 120 mm
Desviadores: Shimano XT, RD-M780 SGS, Shadow Type (traseiro) / Shimano XT FD-M780-E / DM (dianteiro)
Manípulos de velocidade: Shimano XT SL-M780, Rapidfire Plus, 2 way release, Ispec clamp
Manípulos de travão: Shimano XT, BL-M785 para Disco
Travões: Shimano XT, Disco BR-M785 Disc, Rotores SM-R75 de 180mm à frente e 160mm atrás
Pedaleiro: Shimano XT, FC-M780, Hollowtech 2, 42Ax32Ax24A T
Guiador: Scott Pilot 15 Pro, D.B., elevação de 15mm, OS, 680mm, punhos Scott lockon
Avanço de guiador: Scott Pro, Oversize 31.8mm, 1 1/8“, ângulo 6°
Espigão de selim: Scott RC 05-60, 31.6mm
Selim: Selle Italia SLR XP Team Edition, Vanox
Cubos: DT Swiss XR20 Disc IT, RWS QR (dianteiro) / DT Swiss XR20 Disc IT, 12 x 142mm, RWS (traseiro)
Corrente: Shimano CN-HG74
Cassete: Shimano XT, CS-M771-10, 11-36 T
Raios: DT Swiss Super Comp black
Aros: DT Swiss XR20 Disc, 28H, Tubeless ready
Pneus: Schwalbe Rocket Ron EVO, 26 x 2.25, 127EPI Kevlar Bead, Tubeless ready, Pace star compound
Amortecedor: Scott DT Nude2, 3 modes Lockout-TC-AT, Juntas esféricas, 190 x 50mm, ajuste de retorno

Confesso que hoje, a expectativa quando me estava a equipar, era grande. Estava ansioso por saber como se comportaria a máquina - a volta escolhida para a estreia foi Monsanto - o que para mim é sempre agradável pois consigo sair de casa já de bike não tendo a trabalheira de ter que a meter no carro.

Ao começar com as primeiras pedaladas senti logo uma diferença substancial - que leveza no rolamento ! Que conforto! Os primeiros kms são estrada e coloquei logo o modo locked no twinloc - já explicarei mais adiante o que é e para que serve !
A saída de minha casa começa logo com uma subidinha para a aquecer mas desta vez não custou tanto - talvez fosse da adrenalina em que estava ! ;)

O ponto de encontro com o restante pessoal foi em Benfica junto à ponte pedonal que dá acesso a Monsanto - e às 9:00 já havia imensos bttistas, pois o calor aperta para saídas tardias nesta altura do ano. Ao entrar em Monsanto, já com junto com os companheiros da volta, pude finalmente começar a  experimentar o poder de uma btt suspensão total e ainda por cima com um quadro carbono ! Oh yeah ! :)
... E parece que tudo é mais simples e com muito menos esforço ! As primeiras descidas revelaram-se, no mínimo surpreendentes ! Agora chegou a altura de explicar o que é o twinloc ! Este é um sistema que permite controlar as suspensões (a da frente e de trás) de forma muito acessível num manipulo do lado esquerdo do guiador por cima do shifter de mudanças da frente - aquilo tem 3 modos:
- Climb - como o próprio nome indica para as subidas onde se deseja aproveitar o máximo rendimento em cada pedalada
- Trail - para caminhos normais - a suspensão fica reduzida em mm (80 à frente e no de trás também reduzido ...)
- Descend - Para as descidas - aproveitando ao máximo as características e mm das duas suspensões ! 

Posso garantir-vos que é realmente uma coisa que dá muito jeito e muito pratico de mudar - quando se aproximava uma descida lá colocava eu o modo Descend ! Quando íamos para estradão de alcatrão posicionava em Locked ! Muito, mas mesmo, muito bom !!! Na minha opinião justifica o investimento.

Destaque para 2 descidas onde a bike revelou um grande comportamento: a das lombas e a do precipício ! Numa delas por ainda não estar habituado aos travões XT (muito potentes e bem diferentes dos v-brake que tinha na minha Kona de 99), ia-me espetanto à seria pois dei demasiado travão da frente e ia saindo disparado de frente ! Foi por pouco tendo ficado com o coração na boca! :/

Acabei o percurso de volta pela zona de algés e Jamor - numa onda calminha e experimentando as mudanças e ajustando um pouco melhor a altura do selim... 
Finalizei com o conta-kms a indicar 33 kms. Será que fiz mesmo isso !? ;)

Umas das grandes dúvidas que tive no processo de escolha da bike foi o tamanho do quadro. A minha altura e dimensões de pedra em tudo indicavam para um quadro S, mas na Scott senti-me muito bem no quadro M - o sr da loja bem me disse que se escolhesse o quadro S iria "ficar encolhido ou desaparecer"... Senti-me completamente encaixado na bicicleta - ainda há umas afinações que podem ser efetuadas no selim... E o numa possível revenda o quadro M é sempre mais fácil de vender do que um S!

Resumindo em prós e contras temos:

Prós:
- geometria do quadro, e leveza da bike - que diferença para a minha antiga !!! Não tem comparação !
- agilidade e reactividade da bike - o quadro em carbono deve ajudar neste ponto...
- twinloc que permite escolher e ajustar consoante o percurso e vontade do ciclista a suspensão ! As duas ! :)
- travões - muito potentes ! Requerem habituação pelo que já expliquei atrás
- a desmultiplicacao das mudanças - tantas e tão diferente da que eu tinha
- conforto - parece um sofá mas quando se pedala aquilo reage ! ;)

Contras:
- selim - é diferente e do que tinha e possivelmente ainda tenho que fazer uns ajustes no angulo e um pouco mais para a frente
- mudanças da frente - tem que ser afinadas - vai ser já tratado na próxima revisão durante a semana!
- a suspensão da frente ainda precisa de umas afinações - acho que ficou com muitos psi's.
- a mudanças mais pesadas não são suficientemente pesadas - acho que devia ter um prato maior
- uns pequenos riscos nas escoras - mas isso como dizia um colega meu - se comprasse nova numa primeira saída podia acontecer sempre!

Resta umas fotos do avião Spark (sim, sem asas... mas que voa, voa!!!):






1 comentário:

  1. Caro Aviador

    votos de muitos voos e fica espera de um voo por Torres Vedras (nao sei se consigo acompanhar no voo com a minha pasteleira e os muitos quilos a mais...da bicicleta claro...!!!)terra do famoso Joaquim Agostinho e de muitos ciclistas.
    Abraço PPardal

    ResponderEliminar